O que esperar?
Ao longo dos anos, as empresas vêm enfrentando grandes desafios para permanecerem vivas no mercado, o que tem exigido delas um acompanhamento das tendências e atualização constante. Nos dias atuais e nos próximos anos, desafios conhecidos e também desconhecidos, se apresentarão e as empresas que não estiverem preparadas, terão grandes dificuldades para continuar se mantendo no mercado.
Um dos fatores mais importantes e também um dos mais críticos para as empresas, é a Gestão de Pessoas. Apesar da força da tecnologia, as pessoas ainda são e serão fundamentais para o desenvolvimento de qualquer empresa. O relacionamento continuará sendo um grande diferencial para fidelizar o cliente. Sendo assim, se atentar para as necessidades das pessoas é necessário, pois quanto melhor for o desempenho delas, melhor será o desempenho do negócio, sobretudo no quesito qualitativo. Porém, há uma realidade que a maioria das empresas não se atentaram ou não sabem lidar: o envelhecimento populacional.
O envelhecimento populacional está prestes a tornar-se uma das transformações sociais mais significativas do século XXI, com implicações transversais a todos os setores da sociedade. Segundo a ONU, estima-se que o número de idosos, com 60 anos ou mais, duplique até 2050 e mais do que triplique até 2100, passando de 962 milhões em 2017 para 2,1 mil milhões em 2050 e 3,1 mil milhões em 2100. O declínio da fertilidade e o aumento da longevidade são os principais impulsionadores do envelhecimento da população em todo o mundo.
No Brasil, além disso, a busca por um sistema previdenciário mais adequado, tem implicado e continuará implicando a necessidade de os indivíduos trabalharem por um maior período de tempo.
Diante disso, é necessário que as empresas comecem a se preparar para esse desafio. Envelhecer é um processo natural da vida e há diferentes formas desse processo acontecer. A idade cronológica não é mais um marcador significativo que indica que a pessoa está envelhecendo e sim a maneira como ela lida com suas experiências e quais formas de consumo ela adota e estilos de vida escolhe ter. Estudos indicam que as pessoas mais maduras, dão um outro significado para seus trabalhos. Há neles questões que vão além da remuneração, há a presença de uma identidade criativa e produtiva que ainda existe dentro dele e que se reconhecida e valorizada, pode gerar grandes feitos. Portanto, as empresas podem desde já, cuidarem de seus talentos internos, proporcionando programas que os auxiliem no enfrentamento dessa fase da vida, para que estes possam ter condições mais adequadas de atingir altos índices de produtividade, mas especialmente, que tenham condições mais adequadas para atingir o melhor de si mesmo.
Karina Facina Costa dos Santos - CRP: 06/73001
Psicóloga, psicopedagoga, especialista em Gestão avançada de Recursos humanos e facilitadora em Segurança Psicológica de times. Vivência de 20 anos em desenvolvimento de pessoas para a vida e o trabalho. Como psicoterapeuta, contribui para que mulheres maduras possam lidar de maneira mais saudável com os desafios trazidos pela maturidade.
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