A terceira idade é a fase da vida em que chegamos no ápice, pois é o momento em que temos, na minha opinião, o mais valioso e almejado por todos: o famoso e precioso “tempo”, pois este é o único que não conseguimos guardar e é o mais escasso da vida moderna. No entanto, essa fase é vista como um desafio para a medicina, principalmente devido às doenças cardiovasculares e as limitações dos movimentos provocados pelas patologias: artrite, artrose, varizes, fibromialgia, lombalgias - dentre outras, prejudicando muito a qualidade de vida dos idosos. Dessa maneira, muitos pacientes nessa faixa etária não conseguem realizar atividade física, piorando as dores nas pernas, joelhos, quadril e coluna. Há, pois, um aumento significativo do uso de analgésicos, anti-inflamatórios e corticoides e, com isso, há uma piora na função renal (podendo levar a uma insuficiência renal e até a uma hemodiálise), e alterações gastrointestinais.
Com isso, a tecnologia vem ao encontro do aumento da expectativa de vida da população e, através dela, podemos ter mais qualidade de vida.
Hoje, temos dois aparelhos na clínica que possibilitam esse avanço.
O primeiro é o laser de alta potência, que provoca uma bioestimulação e atua na inflamação local das dores. O segundo é uma ressonância magnética (13 Teslas). Ela pode alcançar até 36 mil contrações musculares em 30 minutos e, dessa maneira, aumenta a musculatura para ajudar na mobilidade e sustentação das estruturas ósseas, além disso, há os protocolos para dores articulares e musculares.
Além das dores osteoarticulares, o idoso é alvo da maior doença cardiovascular, que são as varizes, que impacta de forma significativa no bem-estar. Entretanto, novamente, a tecnologia tem nos auxiliado na insuficiência venosa crônica, pois é possível tratar manchas, feridas, varizes, dores, tudo com laser associado a tratamentos clínicos.
Contudo, não devemos depender apenas das tecnologias. É fundamental a mudança no estilo de vida. A terceira idade não é o final da vida, mas sim, mais uma etapa da nossa caminhada, onde podemos escolher qual caminho percorrer - ou seja, não cuidarmos da saúde e ter diversas complicações, ou intensificar os cuidados com a saúde e, dessa forma, ter tempo para aproveitar a vida com a família e os amigos.
Dr. André Miquelin
Cirurgião Vascular
CRM: CRM 131273
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