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Por uma Respiração Melhor

A médica pediatra e pneumologista, Dra. Roberta Palmeira fala sobre as doenças mais comuns nas crianças e o que fazer para prevenir


É comum nesta época do ano, devido à baixa umidade do ar e aumento da poluição, o aumento das doenças respiratórias em crianças, associadas à maior frequência das infecções respiratórias agudas, principalmente em crianças menores de cinco anos. Segundo a médica pediatra e pneumologista Dra. Roberta Palmeira, as doenças respiratórias mais comuns na infância são as gripes e resfriados, sinusite, asma, bronquite, bronquiolite e pneumonia.


“As crianças na fase pré-escolar e escolar estão com a imunidade em processo de construção. Por isso, a criança nessa idade tem uma maior frequência de infecções das vias aéreas, podendo chegar em média de 8 a 12 infecções virais ao ano.” Ela explica que as principais causas das doenças respiratórias estão relacionadas aos vírus que existem em centenas e, como a imunidade da criança ainda não está formada, ao ter contato com os vírus ela pode manifestar sintomas de resfriado, gripe, podendo evoluir para sinusite, bronquite ou até mesmo uma pneumonia, como uma complicação de um quadro viral, que facilita a entrada de alguma bactéria, causando uma infecção mais grave.


“Além disso, os vírus respiratórios são causadores de exacerbação de crises de asma. Ou seja, os pacientes asmáticos podem ter crises induzidas pelos vírus. Os vírus respiratórios podem ainda causar inflamação dos brônquios das crianças, causando a bronquite. Por isso, é fundamental evitar a automedicação e consultar sempre o médico para fazer o diagnóstico e o tratamento correto.


Medidas e Precauções

A médica ainda alerta para as épocas de outono e inverno em relação às bronquiolites, que também são infecções virais que afetam as crianças menores de dois anos. “Inicia-se com um resfriado comum e evolui com tosse, chiado e desconforto respiratório. Em alguns casos pode haver necessidade de internação para suporte de oxigênio, sendo de maior gravidade em bebês prematuros, crianças com problemas cardíacos ou que já tenham alguma doença crônica pulmonar”.


Ela adverte que a criança resfriada não deve frequentar a escola para que não haja transmissões. “É importante manter a casa bem arejada, ventilada, fazer uso de umidificadores, que devem ser limpos frequentemente para evitar proliferação de fungos. Fazer também lavagem nasal corretamente, ter alimentação saudável, praticar exercícios, ter uma boa noite de sono e beber bastante líquido, medidas que ajudam a imunidade da criança. Também é fundamental a carteira de vacinação estar atualizada com todas as vacinas. Crianças com infecções recorrentes devem avaliar sua imunidade com um médico pediatra”.



Dra. Roberta Palmeira - CRM 133423/SP - RQE 29284

Pneumologista Pediátrica

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