A moda é o reflexo dos comportamentos vigentes na sociedade e entramos em
uma nova fase de consumo onde toda a cadeia está sendo forçada a reavaliar
e repensar as novas formas de vestir e consumir.
O consumidor pós-pandemia terá que conjugar outros verbos além de comprar:
agora teremos que reaproveitar, customizar, repensar, emprestar, compartilhar,
trocar e quem sabe adaptar-se.
As necessidades mudaram, o isolamento social transformou comportamentos,
tanto nas pessoas quanto nas empresas. O velho tradicionalismo deixou de ser
apenas pela busca de novas tendências e acreditamos que, finalmente, o
consumidor começará a repensar muito sobre a moda com menos consumo,
menos status, mais vida real e adaptações, refletindo na criação, nos tecidos,
na confecção e até mesmo na forma de distribuição e consumo. A opção agora
é adotar roupas mais confortáveis, porém com nuances de elegância
mesclando o design clássico com doses de modernidade para proporcionar um
toque atual.
E as tendências? Ainda serão apresentadas e seguidas pelo consumidor?
O que teremos com mais frequência nas ruas?
A tendência sustentável surge com ainda mais força e a nova estação mantém
o princípio dos três “Rs”: reduzir, reutilizar e reciclar, bem como o tripé da
sustentabilidade: economia, ecologia e equidade social.
Para quem quer se envolver, criar ou modificar roupas fazendo uso de peças
que já existem, vale a pena conferir o que as coleções da nova temporada nos
trazem:
Silhueta retangular com modelagens amplas - aderidas pelo público mais
vanguardista, será uma das fortes tendências, ideal para quem curte looks
desconstruídos, despojados e confortáveis.
Aquela com gosto mais refinado - conjuntos de alfaiataria bem estruturados
com um toque bem atual.
Estampas clássicas novamente em alta - xadrez e florais. As mais ousadas -
looks totalmente animal print. Mais discretas - acessórios como sapato ou bolsa
com estampas de zebra.
As personagens características da temporada
Cores - mais escura;
Tecidos - mais pesados que trazem charme extra em vestidos e saias (evasê);
Comprimento – midi;
Modelagens - mais retas e nada de cintura marcada.
Mangas - retornam em formas variáveis: modelagens mais infladas e
exuberantes, ombros de fora, amplas nos ombros e justas abaixo dos cotovelo,
modelos assimétricos e outros mais discretos em camisas mais sofisticadas;
Casacos - mais alongados tipo trench coat em composições com blusas finas
de malha e minissaia com meia-calça ou em produções com peças mais
pesadas de couro ou tricô que dependerá das variações de temperatura das
localidades. Para esse item as cores voltam a ser neutras: marrom, bege, caqui
e preto;
Couro - presente tanto em roupas quanto nos sapatos e acessórios, mas o
queridinho da estação será o casaco de couro;
Golas e sobreposições - em todos os tamanhos e formas, desde as mais
tradicionais e discretas, às mais dramáticas e exuberantes em camisas, blusas
e vestidos;
Dourado - seja em detalhes como franjas e recortes ou nas próprias peças, ou
até mesmo peças totalmente na cor em tecidos metalizados.
Enfim as tendências complementam o estilo pessoal e que tal abrir seu closet e
reaproveitar tudo aquilo que gera identificação com a sua personalidade?
Seja criativa nessa nova temporada!
Dalva Ferrari
Mestre em Arquitetura e Design
Especialista em Negócios de Moda
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